"Nobel" da água para sabedoria indiana antiga
Há 30 anos, o então jovem médico indiano Rajendra Singh fez as malas e rumou ao interior do Rajastão, onde tencionava criar uma rede de cuidados de saúde para os camponeses. Nas aldeias, porém, disseram-lhe que ali o verdadeiro problema era a falta de água, que enchia a terra de gretas, devastava colheitas e expulsava a população. Ele, então, com a ajuda das populações, criou uma rede de captação e distribuição de água que hoje abastece mais de mil aldeias e devolveu a fertilidade aos solos. Ontem, o "homem da água da Índia", como se tornou ali conhecido, ganhou o Stockholm Water Prize, considerado o Prémio Nobel da Água.
Nestas três décadas, Rajendra Singh recuperou, modernizou e pôs em prática, com a ajuda dos locais e de grupos de jovens, o sistema milenar de captação e armazenamento de água das antigas populações do Rajastão, construindo poços subterrâneos para armazenar a água das chuvas e um sistema de distribuição e irrigação. Com isso, devolveu a mais de mil aldeias da região a possibilidade de encarar o futuro de forma mais confiante, sem o espetro da escassez alimentar.
O sistema de captação de água dos antigos habitantes da região tinha sido abandonado durante a época colonial britânica.
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